terça-feira, 28 de abril de 2009

Eu vou ao MayDay porque... #22

"Eu vou ao MAYDAY.
Vou, porque aprendi com o tempo que contractos de trabalho não são negociáveis mas sim impostos. E quantas lições não foram.
Aprendi que flexibilidade não defende interesses que não sejam os de directores que só obedecem a contenção de custos, que só aplicam fórmulas que levam a mais repartição de lucros por menos gente ( e estas fórmulas fogem tanto da criatividade e do talento, como de humanidade e respeito pelo próximo).
Vou porque no inverno, há dias em que chegar a casa do trabalho e voltar para o trabalho, são rotinas que quase não chegam a acontecer com a luz do sol.
Porque vou descobrindo as entrelinhas do contracto de trabalho. Traiçoeiras!
Vou porque, mesmo assim, muita gente me diz:
- &#8220E já vais com sorte!&#8221, ou &#8220Vê lá o que dizes. Há muita gente com menos sorte do que tu. A direcção não quer ouvir isso! Não há dinheiro! Sim há lucros mas...não é para ti&#8221.&#8221És uma peça facilmente substituível.&#8221 E tudo isto na constante e permanente hipótese de &#8220 ter que se acabar com a secção,ou reduzir pessoal. A gente não sabe &#8230 isto está complicado&#8221.
Vou porque não consigo ficar calado perante a chantagem, e porque confronto a vontade de quem quer que não exista outro futuro, que não seja ainda mais precário que o presente. E vou porque sei que não vou estar sozinho e que ir já é mudar a "MAYDAYcar" !"

Rui Estrela

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