sábado, 9 de maio de 2009

Reunião de Balanço

O MayDay 2009 contou este ano com centenas e centenas de precários e precárias a manifestarem-se contra a exploração. O percurso começou em Fevereiro e foi avançando durante três meses preenchidos de actividade. No próximo dia 13 de Maio vamos reunir para fazer o balanço deste MayDay 2009. A reunião será na sede do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa pelas 21:00.


Reunião de Balanço :: MayDay 2009
13 Maio :: 21:00
SPGL - Rua Fialho de Almeida, 3
(Bairro Azul :: metro São Sebastião :: mapa aqui)

domingo, 3 de maio de 2009

O precariado deu luta no MayDay Porto

Este ano realizou-se também no Porto o MayDay. Foram várias centenas de precários que saíram à rua para bater o pé contra a exploração da precariedade.

vídeo via Pimenta Negra

sábado, 2 de maio de 2009

A força dos precários esteve ontem na rua!!


"Precariado contra a exploração". Era a frase que se lia Alameda abaixo, depois de cerca de 1000 pessoas lá chegarem integradas na parada do MayDay Lisboa.



A parada começou no Largo Camões, às 12h. As frases que se insurgiam contra a exploração, contra a precariedade, contra os estrondosos lucros dos patrões, decoravam a praça. O almoço barato (ou não fosse dirigido a precários e precárias) acompanhava os jogos precários - o twister precário, onde a flexibilidade era a única resposta para conseguir as coisas básicas da vida; e o jogo da recusa da crise, onde a força e pontaria do precariado se dirigiam ao banqueiro, ao Sócrates e ao Durão Barroso, dizendo-lhes que engolissem eles a crise.



14h30. As pessoas concentravam-se com as pancartas, as faixas e as energias renovadas e preparavam-se para sair do Largo Camões. Estudantes, jornalistas, desempregados/as, tradutores, músicos/as, operadores de call-centers, professores/as, trabalhadoras do sexo, intermitentes do espectáculo, reformados/as, imigrantes, engenheiros/as, arquitectos/as, bolseiros...


Começava o caminho em direcção a uma das catedrais da precariedade: os armazéns do Chiado e envolvente. No momento da descida da Rua do Carmo, desenrolava-se uma faixa desde o elevador de Santa Justa dizendo que tantas e tantos trabalhadores, muitos deles em situação precária, se encontravam a trabalhar para os lucros das multinacionais e sem poder celebrar as conquistas do movimento operário do século XX por direitos laborais. Trabalhadores/as com nome e com cara, trabalhadores/as a recibos verdes, ou a falsos recibos verdes, ou contratos a prazo, ou sem contrato, ou sem hora de almoço, ou...


De caminho ao Martim Moniz onde o MayDay se juntaria à manifestação organizada pela CGTP, cantava-se e gritava-se (com a revolta na voz). "Precários nos querem, rebeldes nos terão", "País Precário sai do armário", "Os bolsos estão vazios, não temos um tostão, estamos pelos pelos cabelos e o lucro é do patrão", "Somos precários, somos precárias, as explorações são muitas por isso as lutas são várias", "Somos muitos mais"...



16h15. No Martim Moniz. Ao mesmo tempo, em Lisboa e no Porto, o precariado juntava-se e batia o pé. Porque "se todos os precários do mundo baterem o pé, o mundo treme".


Rua da Palma. Avenida Almirante Reis. Milhares e milhares de trabalhadores e trabalhadoras mergulhavam a rua em palavras, sons, vozes de luta.


Em frente ao Banco de Portugal, a meio da avenida, os precários e precárias voltaram ao tema da crise. "A crise estala, o precariado não se cala" e rebenta. Centenas de balões explodiam com a revolta de quem vinha ao MayDay. "Não pagamos a crise deles".



Chegávamos enfim à Alameda. Entrámos no mar de gente que era a grande manifestação dos trabalhadores. Ainda a tempo de ouvirmos o Carvalho da Silva dizer que os imigrantes são iguais a nós e devem ter os mesmos direitos. Ainda a tempo de também o ouvirmos dizer que todos os trabalhadores estão contra a precariedade, ao lado dos jovens que são o futuro da luta. Ainda a tempo de mostrarmos a todas as pessoas que o precariado está contra a exploração. Ainda a tempo de sentirmos, no meio de tanta gente, que "o precariado dá luta"!!


MayDay!! MayDay!!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Eu vou ao MayDay porque... #28

"Eu vou ao MayDay porque as coisas têm de mudar!Porque assino contrato e passo recibo verdePorque sou obrigada a pagar segurança social todos os meses e não tenho direito a subsídio de desempregoPorque tenho medo do futuro"

Inês Nogueira

É já amanhã!!!

MayDay!! MayDay!!





Já soa o alarme!!!

Eu vou ao MayDay porque... #27

"porque não percebo as vidas que vivemos.porque achei que podíamos viver de uns biscates.mas percebi que uns biscates não chegam para viver.porque não vivemos sem trabalho.mas também não vivemos porque trabalhamos assim...sem direitos, sem limites, sem tolerância, sem respeito.acredito numa vida diferente!"

Sara Delgado

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Eu vou ao MayDay porque... #26

"Eu vou ao MAYDAY porque ainda quero acreditar que os meus filhos podem ter melhor futuro do que o meu presente!!!

Eu vou ao MAYDAY porque quero gritar a minha revolta contra todos os vampiros que nos sugam deixando-nos na miséria!"

Maria Polar

Eu vou ao MayDay porque... #25

"Eu vou ao MayDay porque não dá para ficar à espera que alguém faça alguma coisa, porque considero que o confronto político se faz no espaço público e se constrói falando e agindo em conjunto e o poder resulta daí, neste caso o poder do precariado! Poder para dizer com toda a força não a este modo de vida imposto onde uns dominam e outros são dominados, uns dizem como deve ser e outros obedecem, uns oprimem e outros têm de resistir passivamente, onde uns comem e outros calam - vou ao MayDay porque quero outra vida, quero poder concretizar as minhas expectativas e vontades - quero derrubar isso tudo, o capitalismo, a exploração, o patriarcado, o racismo, a discriminação, as fronteiras, o conformismo, o sectarismo, e o protesto calado.

Grito com tod@s a alta voz - MayDay, MayDay!"

Sofia Roque

Eu vou ao MayDay porque... #24

"Eu vou ao mayday porque quero dizer aos outros que estão ao meu lado
que há outras formas de viver, que está nas nossas mãos pensar e fazer
acontecer outras vidas. Porque sozinha os meus sonhos nunca serão mais
do que sonhos, junto-me com outros no mayday, para a minha voz soar
mais alto, para sermos cada vez, muitos mais, e para juntos fazermos
dos nossos sonhos vidas reais."

Mafalda Costa

Vem ao MayDay Lisboa 2009 e traz muitos amigos e muitas amigas!!


MayDay Lisboa 2009

na próxima 6ª feira
, 1º de Maio
Largo Camões, a partir das 12h

[Cartaz_Parada.jpg]


O MayDay é uma parada contra a precariedade, que vem marcando o 1º de Maio em várias cidades por esse mundo fora, desde da estreia em 2001, em Milão. Chegou há dois anos a Lisboa e este ano acontece também no Porto.

Conscientes de que a mudança das nossas vidas exige muito mais, recusamos a espera e a resignação. O MayDay é uma força comum que, cansada de carregar o peso de todo um sistema económico que lhe usurpa a vida, quer criar autonomamente e decidir livremente.

Por isso nos juntamos a 1 de Maio. Somos "recibos verdes" e trabalhadores de empresas de trabalho temporário, estagiários e pensionistas, imigrantes e endividados perante o banco, estudantes-(já/ainda/quase)-trabalhadores e operadores de call-center, bolseiros e intermitentes do espectáculo, contratados a prazo e desempregados ou simplesmente pessoas que não aceitam a chantagem da precariedade.


:: Concentração no Largo Camões (metro Baixa/Chiado), a partir das 12h, para pic-nic* e animação** ::

:: Partida às 14h30 em direcção ao Martim Moniz ::

:: Desfile com a Manifestação do Dia do Trabalhador (CGTP) ::



Esta parada depende de todos nós! Passa a palavra do precariado em luta!
É urgente! A 1 de Maio soamos o alarme!


MayDay!! MayDay!!
O precariado dá luta!

* podes trazer a tua merenda ou comer o almoço vegetariano que estará lá à venda.
** jogos, música, convívio...

O MayDay pela Europa fora

Novamente vindo de Liège:

Acidentes de trabalho

"De 15 em 15 segundos, um trabalhador morre em consequência de um acidente de trabalho ou de uma doença profissional.
De 15 em 15 segundos, 160 trabalhadores sofrem um acidente de trabalho."
Fonte OIT

terça-feira, 28 de abril de 2009

Eu vou ao MayDay porque... #23

"Irei ao Mayday porque sou contra um modelo económico baseado na exploração do homem pelo homem. Quero ir porque luto por uma sociedade mais livre e igualitária e porque acredito que, enquanto espécie, somos capazes de fazer muito melhor do que isto. Estarei presente porque luto contra o capitalismo que nos vai atirar a todos para o abismo. Se é que não nos atirou já... Vou porque (ainda) não me impedem de ir."

Ricardo Alves

Eu vou ao MayDay porque... #22

"Eu vou ao MAYDAY.
Vou, porque aprendi com o tempo que contractos de trabalho não são negociáveis mas sim impostos. E quantas lições não foram.
Aprendi que flexibilidade não defende interesses que não sejam os de directores que só obedecem a contenção de custos, que só aplicam fórmulas que levam a mais repartição de lucros por menos gente ( e estas fórmulas fogem tanto da criatividade e do talento, como de humanidade e respeito pelo próximo).
Vou porque no inverno, há dias em que chegar a casa do trabalho e voltar para o trabalho, são rotinas que quase não chegam a acontecer com a luz do sol.
Porque vou descobrindo as entrelinhas do contracto de trabalho. Traiçoeiras!
Vou porque, mesmo assim, muita gente me diz:
- &#8220E já vais com sorte!&#8221, ou &#8220Vê lá o que dizes. Há muita gente com menos sorte do que tu. A direcção não quer ouvir isso! Não há dinheiro! Sim há lucros mas...não é para ti&#8221.&#8221És uma peça facilmente substituível.&#8221 E tudo isto na constante e permanente hipótese de &#8220 ter que se acabar com a secção,ou reduzir pessoal. A gente não sabe &#8230 isto está complicado&#8221.
Vou porque não consigo ficar calado perante a chantagem, e porque confronto a vontade de quem quer que não exista outro futuro, que não seja ainda mais precário que o presente. E vou porque sei que não vou estar sozinho e que ir já é mudar a "MAYDAYcar" !"

Rui Estrela

Eu vou ao MayDay porque... #21

"Porque somos cada vez mais, em número e qualidade, e estamos fartos do mundo deles. Porque dormi a maior parte da minha vida, e enquanto andava de pé pouco mais era que um sonâmbulo. Porque, tendo os olhos abertos, não mais consigo esquecer o pé que quiseram e querem pôr sobre nós. Porque não estou aqui para servir-me dos outros. Porque a luta continua. Porque a injustiça me faz doer a parte de trás do crânio. Porque erguer-me e gritar enche-me os pulmões de orgulho. Porque o futuro é hoje, e não pode mais ser o passado. Alea iacta est. MAYDAY MAYDAY!"

João Camargo

Vou ao MayDay porque... #20

"porque por uns fui, outros sou e ainda outros serei precária. Pelo menos estes útimos quero contariar. Vou porque simples e felizmente posso expressar que não são estas as condições laborais e por isso de vida, que quero para mim, nem para os outros. Vou ainda porque neste dia a minha voz, graças a todas as outras ganha e dá força e por isso sinto-o como uma quase obrigação. Com isto digo que não vou so por mim, vou também por TI."

Rita Gordo

Eu vou ao MayDay porque... #19

"eu vou ao mayday
porque no dia 1 de Maio de 1886 trabalhadores de Chicago saíram à rua e porque houve uma greve geral que começou aí e depois uma revolta e outra e porque mais tarde se tornou dia do trabalhador e dia de luta e só depois feriado nalguns países e porque nesse dia espero não ter nenhum biscate de última hora e porque a polícia reprimia no fascismo os protestos do 1 de Maio e porque sou roubado pelo Belmiro e depois pelo Estado e porque em Maio de 1974 milhares de pessoas saíram à rua em liberdade para mudar tudo e porque a vida precária não dá para aguentar e porque gosto de te tratar por tu e de bandeiras vivas e de tintas vermelhas azuis amarelas e porque é Primavera e estou zangado mas não me quero zangar sozinho e porque isto ainda é só o começo"

Pedro Boleo

Eu vou ao MayDay porque... #18

"Eu vou ao MayDay porque as ruas pedem alguém que as grite,
porque os patrões pedem alguém que os pise,
porque os bancos pedem alguém que os roube,
porque os governantes pedem alguém que os desminta,
porque os precários de todo o mundo pedem alguém mais que se lhes una,
porque basta de vidas de remendos, de vidas exploradas pelo mais forte, e dos cinismos e dos consensos que nos mantêm as vidas assim.
Eu vou ao MayDay porque, como já disse alguém, se todos precários baterem o pé, a terra treme."

Diana Dionísio

Eu vou ao MayDay porque... #17

"Eu vou ao Mayday pelos meus próprios pés e com os olhos nos olhos de todos e todas que transformam a raiva em força. Vou com a certeza que o grito que tenho na garganta só pode ser desatado por quem partilha comigo a angustia das vidas adiadas."

Ricardo Moreira

Eu vou ao MayDay porque... #16

"Eu vou ao MayDay porque somos cada vez mais explorados e menos respeitados como pessoas e trabalhadores. Porque se os patrões, sobretudo desta nova geração, apenas pensam nos lucros sem olhar a meios, tão-pouco o Estado assume a protecção dos mais fragilizados e alinha despudoradamente com os exploradores, aprovando leis à sua medida e desejos."

João Falcão Machado

Eu vou ao MayDay porque... #15

"Eu vou ao Mayday porque já estou farto de comer e calar esta nova forma de vida que nos querem impor, com cada vez menos direitos e prespectivas de futuro, eu não me calo, eu dou luta!!!"

Luís Soutinho

Eu vou ao MayDay porque... #14

"Eu vou ao MayDay porque não quero viver assim e porque sei que quem nos rouba não nos vai oferecer o que nos estão a tirar. Lutar por outra vida, ao lado de pessoas como eu, é a única novidade que pode mudar a chantagem arrogante da exploração. E sei que já está a mudar, porque já ninguém pode continuar a fingir que nós - 2 milhões de precários e precárias, neste país - não existimos. Lá estarei, no 1º de Maio: afirmando a urgência da resposta do precariado, que acrescenta luta à luta de todos os trabalhadores e trabalhadoras."
Tiago Gillot

Eu vou ao MayDay porque... #13

Porque no Largo Camões há de haver um charco onde eu possa soltar os sapos que ando a engolir desde que me lembro de trabalhar. Porque estou farta destes recibos verdes. Porque exijo direitos iguais para todos os que trabalham. Porque sonhei uma vida diferente. Porque (ainda) sonho com um mundo melhor.

Myriam Zaluar

Eu vou ao MayDay porque... #12

"Porque me perturba que haja tanto para uns e tão pouco para outros; porque democracia não é ficar sentado à espera que decidam por mim, dizendo-me depois o que fazer. Ser explorado eternamente? Jamais.Por mim, por ti, por nós."

Luís Silva

Cartazes do MayDay Porto

Em contagem decrescente para o 1º de Maio, aqui ficam os cartazes que o MayDay Porto faz circular.


Eu vou ao MayDay porque... #11

"Eu sou estudante e também vou ao MayDay! Porque sei a chantagem que me espera quando acabar o curso e recuso a ideia de que "a precariedade é melhor do que o desemprego". Porque também as Universidades estão impregnadas de precariedade, desde os trabalhadores estudantes que não conseguem pagar as propinas até aos professores e investigadores que são explorados dos mais diversos modos. Sei que a precariedade afecta muita gente diferente e é patrocinada pelo governo, mas também sei que cabemos todos no MayDay e é a esta diversidade que me quero juntar no 1º de Maio. MayDay!!! MayDay!!!"

Ricardo Vicente

Eu vou ao MayDay porque... #10

"Eu vou ao Mayday porque não espero que alguém defenda a minha vida, os meus direitos e princípios melhor do que eu."

rUImAIA

Eu vou ao MayDay porque... #9

"Eu vou ao MayDay porque são eles que ocupam o centro de emprego, são eles que encerram as empresas de trabalho temporário, são eles que mostram que por aí há um caminho novo."

Ana Barradas

Eu vou ao MayDay porque... #8

"Eu vou ao MayDay porque isto já não se aguenta. Ser trabalhador precário nesta sociedade e neste sistema devia ser considerado um atentado à humanidade. E se isto não se aguenta é preciso ir à rua com os outros trabalhadores, mostrar que estamos fartos e que queremos algo diferente. Nós somos o sustento do sistema, do governo e do patronato - mas somos nós que estamos na merda. Isso tem de mudar."

Youri Paiva

Eu vou ao MayDay porque... #7

"Eu vou ao MayDay porque gritar para dentro provoca úlceras de estômago."

João Pacheco, jornalista

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Eu vou ao MayDay porque... #6

"Eu vou ao mayday porque não serve estar descontente e nada fazer. Porque só se mostrarmos o nosso descontentamento com a precariedade da vida é que serve estarmos descontentes. Só se dermos luta e gritarmos em conjunto. Porque é a única vez em que a participação de cada um conta e faz a diferença. E o mayday é e tem de ser feito por muitas mãos."

Diana Neves

E mais uma notícia sobre o MayDay

O jornal Sol publicou este fim-de-semana uma reportagem sobre o Mayday.


Aqui está.

Precários Inflexíveis denunciam precariedade

Os Precários Inflexíveis, em comunicado de imprensa, denunciam mais um caso de cumplicidade que suporta a precariedade de centenas e centenas de trabalhadores.

A ES Contact Center irá gozar de um investimento de 700 mil euros da câmara municipal das Caldas da Rainha.

Segundo uma notícia recente do DN, a ES Contact Center mencionou epistolarmente a possibilidade de procurar outras paragens caso a autarquia recusasse embarcar nesta ajuda. Importa aqui referir que o administrador delegado da ES Contact Center é Pedro Champalimaud, presidente da Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC), pelo que a ameaça de deslocalização assume uma gravidade acrescida.

Mas está tudo bem, a ameaça não se concretizará. Afinal, a mesma ES Contact Center que agora vem pedir patrocínio aos contribuintes das Caldas da Rainha e de todo o país foi considerada há um ano a empresa do ano em 2007, recebendo um prémio da própria Câmara Municipal das Caldas da Rainha. E Pedro Champalimaud recebeu do sector o prémio individualidade do ano em Dezembro, pelo seu trabalho à frente da ES
Contact Center e da APCC. Por isso, há que mantê-los nas Caldas da Rainha a todo custo, não é? Terá sido o que pensou o Presidente da autarquia, Fernando Costa (PSD), que fez aprovar o negócio há dias em assembleia municipal. Argumenta o Presidente que estes 700 mil euros representam a garantia de mais “300 a 350postos de trabalho” no concelho e "150 mil euros de ordenados por mês".

aqui o resto do comunicado.

Eu vou ao MayDay porque... #5

"Vou porque sim e porque não me quero conformar. Vou porque não aceito que a única alternativa de trabalho que me propõe seja precária e porque quero partilhar o meu descontentamento. Vou porque já fui e porque valeu a ida. Vou porque quero estar com outras pessoas descontentes e inconformadas e porque lá estarão muitas!!"
Ana Feijão

Convocatoria MAYDAY '09: Nosotros no pagaremos la crisis !!!

Eu vou ao MayDay porque... #4

"Eu vou ao Mayday porque quero fazer algo mais! Porque não me conformo com o que querem que eu seja e o que querem fazer de mim! Vou ao Mayday porque acredito numa luta possível em que tu e eu erguemos os braços e mudamos o mundo!"
Sara Rocha

Eu vou ao MayDay porque... #3

"Eu vou ao Mayday porque estou farta, farta das leis que protegem quem tem mais poder, farta dos empresários que não as cumprem, farta das ACT's que não fiscalizam e farta da apatia geral que leva muitas pessoas a comer e nada dizer! Eu dou luta!"
Leonor Costa

Eu vou ao MayDay porque... #2

"Eu vou ao mayday porque quero ter uma vida digna, sem ser explorado, e usado como algo que se possa descartar quando ja não é necessário.Quero poder dar uma vida estável aos meus filhos, sem ter de pensar no amanhã constantemente como algo incerto. Por mim, e por todo o precariado, vou ao mayday!"
Bruno Roseiro

Eu vou ao MayDay porque... #1

"Estou a recibos verdes e sou formadora nas novas oportunidades, não sou chamada a reuniões de funcionários por "prestar um serviço", mas tenho de estar no local de trabalho até às 22h a receber inscrições de formação, senão sou posta de lado."

Os MayDay's "andem" aí!!

Em Évora, também se fala do MayDay.

Para o 1º de Maio, a Sociedade Harmonia Evorense está a organizar um debate, uma sessão de cinema e um concerto à volta do tema da precariedade.

Aqui fica o cartaz e o convite para quem esteja por terras alentejanas.


Mais um texto que anda na net

Via Resistir:

MayDay, MayDay! Um 1º de Maio contra a Precariedade do Trabalho
por João Camargo

O movimento internacional MayDay iniciou-se em Milão, no ano de 2001. Reune trabalhadores em condição precárias, fenómeno que se alastra devido à onda neoliberal que por todo o mundo se desencadeou sobre o Trabalho, A força da juventude desempregada e precária serviu de ignição para a disseminação deste tipo de organização. Esta une gente de todo tipo, idade e formação. Age através de assembleias públicas, onde é dada voz a todos os presentes — num processo decisório trabalhoso mas consensual. Actualmente o movimento MayDay está presente em Lisboa, Porto, Aachen, Berlim, Bremen, Copenhaga, Den Bosch, Genebra, Gent, Gornja Radgona, Hamburgo, Hanau, Helsínquia, Liége, Ljubljana, Madrid, Málaga, Maribor, Milão, Nápoles, Palermo, Terrassa, Tóquio, Tubingen, Viena e Zurique.

Em Lisboa as manifestações do MayDay incluíram a invasão de um centro de emprego, o encerramento de empresas de trabalho temporário na área metropolitana e acções teatrais no centro da cidade. Além disso, este ano – pela terceira vez – o MayDay irá participar da manifestação da CGTP do 1º de Maio.

No Porto, o ano de 2009 assinalará pela primeira vez a presença do MayDay nas manifestações do 1º de Maio. Em Coimbra e em Évora já houve acções relacionadas com a precariedade que se associaram ao nome Mayday. Entretanto, neste 1º de Maio não estão previstas manifestações organizadas.

Dentre as "soluções" capitalistas para a crise, a precariedade tornou-se uma das mais importantes. Ela passou a ser uma arma do patronato contra os trabalhadores com contratos firmes. As ameaças são diárias. A torto e a direito a comunicação social faz bandeira da "flexibilidade" que, segundo ela, aumentaria a "competitividade". O jogo é histórico: atirar uns contra os outros na base, fazer despontar preconceitos e ideias forjadas, em favor de uma minoria que é cada vez mais parasítica e pretende re-estratificar solidamente as sociedades de todo o mundo.

O CASO DOS CALL-CENTERS

Os call-centers são muito representativos desta jovem precariedade, rejuvenescida, mascarada e imposta a toda uma geração. Nestes, o homem-ferramenta é a chave para a manutenção da riqueza nas mãos dos mesmos de sempre. Assim, há que precarizá-lo, no trabalho como na vida, retirar-lhe as alternativas e privá-lo da sua dignidade, sentimento inútil no mundo de capital.

Nos dias de hoje, a especialização começa desde cedo. A triagem inicia-se na infância – são vedadas as oportunidades, marginalizadas comunidades, regiões e grupos de pessoas incómodas para o sistema. A padronização implica a escolha do futuro aos 15 anos, a privação de conhecimentos generalistas e de uma visão ampla da realidade. Num sistema universitário que cada vez mais se afasta das possibilidades financeiras reais da maioria da população, os cursos apostam na especialização e as grandes empresas já quase ditam os currículos obrigatórios para a conclusão dos ciclos de ensino universitário.

Em todas as etapas deste percurso possível as pessoas vão saindo para a vida activa: aí, as opções vão cada vez mais ficando também padronizadas – contratos precários, contratos a curto prazo, recibos verdes. Com vínculos presos por fios e de valores continuamente decrescentes, as vidas dos trabalhadores são joguete nas mãos de empregadores – sendo o Estado um dos principais elementos a usufruir destas novas (renovadas) condições de trabalho, a par das grandes empresas nacionais e multinacionais. Os bancos arrecadam com os despojos – é-lhes permitido controlar as pessoas, cujos vencimentos não permitem a manutenção de uma vida independente e digna e que se vêm obrigadas a contrair empréstimos a estes usurários.

A precariedade é a ferramenta básica para a manutenção deste ciclo vicioso, dividindo os trabalhadores em grupos de acordo com o seu estatuto contratual e procurando quebrar os laços de solidariedade que os unem. No negócio dos mass media que substituiu a imprensa, e onde a precariedade grassa, chamaram-lhe flexibilidade. Segundo fonte incontroversa (de acordo com os padrões vigentes nos tais media), a OCDE, 60% da população activa mundial labora em condições precárias. Considerando a fonte, será de esperar que a realidade esconda números obviamente superiores. Em Portugal, serão 2 milhões os trabalhadores precários. E o futuro de que nos informam diariamente promete muitos mais. A precariedade é o novo nome dado às condições que antes se chamaram de servidão, feudalismo e escravatura, e a marcha parece deslocar-se nesse mesmo sentido. Contra isto luta o MayDay.

O desemprego é a derradeira justificação para a restauração dos sistemas de exploração contra os quais o mundo ocidental batalhou nos últimos 200 anos. Não obstante, a memória dos trabalhadores e trabalhadoras, velhos e novos, portugueses e imigrantes, não desapareceu. Pelo contrário, solidifica-se e cerram-se fileiras para retomar um caminho que já foi percorrido. O mundo encontra-se em retrocesso social. Anunciam-se graves convulsões pela defesa de um mundo de futuro, contra um regresso ao passado.

O MayDay quer o Futuro, mas não um qualquer futuro. Por isso, o Precariado dá Luta!

sábado, 25 de abril de 2009

Eu vou ao MayDay porque...


A caminho do 1º de Maio, apelamos a toda a gente para deixar um pequeno testemunho. Queremos juntar razões para a participação no MayDay, porque sabemos são muitas e precisamos de reunir todas.

O MayDay é um ponto de encontro que responde à agressividade da exploração, sabendo que ela se faz hoje de muitas maneiras. Nesta mobilização toda a gente conta para recusar a precariedade no trabalho e na vida.



Envia um mail para maydaylisboa@gmail.com com um parágrafo, começando com "Eu vou ao MayDay porque...", para ser publicado aqui, na contagem decrescente para o 1º Maio.

E depois, no dia 1 de Maio, encontramo-nos no Largo Camões às 12h para um pic-nic e muita animação, antes de partirmos rumo ao Martim Moniz, para desfilarmos com a manifestação do Dia do Trabalhador até à Alameda D. Afonso Henriques. Estamos a soar o alarme :: MayDay! MayDay!

O precariado dá luta!



sexta-feira, 24 de abril de 2009

MayDay: make'em pay...

A chamada para a acção e o cartaz do EuroMayDay já estão disponibilizados no site da iniciativa europeia.

Precarisation is the norm, temp work, low salaries, unemployment. Barbed wire, uniforms and camps that protect fortress-europe, excluding and persecuting thousands of women, men and children.

Police and armies are in the streets, with their cameras and helicopters. Control is everywhere, terrorist laws are used to legitimize repression. The media keeps the lid on the pot that is starting to boil over. At the same time it is doing its best to convince us to keep up consumption. The serpent is eating its own tail. Our brothers and sisters in the south are paying the bill; and we pay too. Animals becoming extinct show the way to the future generations. And at the same time, the banks are throwing our billions out the window...

We live in great times! The crisis, the crisis, the crisis, the sound of the universe. Which crisis? The economists announce the end of neoliberalism. After years of TINA - there is no alternative- we thank the banks for their revelation: money is not the problem. Everything is possible! One hides or one fights! A new social contract, increased alienation, increased exploitation, increased precarity in all parts of life. Managing precarity, a disaster? Living in precarity is a permanent crisis and the disaster is already there.

The crisis is a big wave; you can surf or you can drown. To make it short: Our struggles happens in everydays live. Our tracks cross the borders of nation, social contracts and gender. Our battles are visible. The social demands are obvious, or maybe not? We speak to Europe, we announce it to the world: we like to surf, and it is our turn to ride the wave. From the 30th April to the 1st of May, we will take the power back, we will regain our creativity and speed. We and everyone who wants to. The banks are everywhere, dominating life, even though they are not alive. The stock markets have shown that only one card needs to be pushed over for the whole castle to collapse.

For this mayday we know the targets!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Aqui passamos a palavra

Cá está um texto do Passa a Palavra.

As novas regras da exploração: o trabalho precário

O MayDay é um movimento aberto a todos os trabalhadores, desempregados e estudantes. Não é nenhuma alternativa aos sindicatos, que só agora começaram a responder timidamente ao problema da precariedade.
Que o capitalismo impõe à classe trabalhadora a exploração não é novidade nenhuma. A relação patrão-trabalhador sempre foi hierárquica e em benefício do primeiro, à custa do trabalho do segundo. Porém, pensou-se ter conseguido atingir um patamar em que os trabalhadores mantinham alguns direitos, nomeadamente a estabilidade do seu posto de trabalho, as “regalias” impostas pelo contrato de trabalho e o apoio da Segurança Social. Mas os tempos e as formas mudam, a exploração mudou – agora o trabalho é temporário, livre de direitos e com patrões intermediários.
O trabalho precário está, actualmente, generalizado. A OCDE [Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico, que reúne os países mais ricos] estima que 60% da força de trabalho a nível mundial é precária. Em Portugal são 900 mil os trabalhadores a recibos verdes [ver nota] com um horário de trabalho, que não fazem um trabalho propriamente temporário e específico. Os contratos a prazo, de 1, 2 ou 6 meses, são uma realidade crescente – e terminam normalmente quando atingem o limite de contratos temporários, em que o trabalhador é posto na rua porque as empresas não querem mais gente nos quadros.
Esta instabilidade está associada a um novo tipo de empresas que têm surgido: as empresas de trabalho temporário (ETT). São intermediários entre a empresa onde se trabalha e o trabalhador, ficando com parte do seu salário. Recrutam trabalhadores aos magotes e alugam-nos a outras empresas dos mais diversos ramos, públicas ou privadas.
À instabilidade laboral, que não permite aos trabalhadores organizarem a sua vida pessoal (sim, ela existe), associam-se os baixos salários, que se prolongam sem grandes actualizações. O trabalhador é flexível e pobre.
Para combater e chamar à atenção deste tipo de exploração foi organizada, no 1º de Maio de 2001 em Milão, a primeira manifestação MayDay. Desde então espalhou-se por várias cidades do Mundo, principalmente na Europa. Em 2007 um grupo de activistas, muitos deles estudantes, organizou a primeira manifestação em Lisboa juntando cerca de 300 pessoas. Em 2008 as assembleias do MayDay abriram-se para novas pessoas, aumentou a diversidade, conseguindo organizar uma manifestação com 1000 pessoas. Neste ano de 2009 irão decorrer duas manifestações, uma em Lisboa e outra no Porto. Pelo meio organizaram-se várias acções, invadiram-se centros de emprego, pintaram-se muros, fizeram-se pequenas manifestações simbólicas – sempre num ambiente mais livre e descomprometido que as habituais manifestações de trabalhadores e sindicais.
É um movimento aberto a todos os trabalhadores, desempregados e estudantes. Não é nenhuma alternativa aos sindicatos, que só agora começaram a responder timidamente ao problema da precariedade, mas é uma forma de expressão e de luta – contra o cinzentismo e a instabilidade vivida pelos trabalhadores. Passa Palavra
NOTA: Em Portugal, os “recibos verdes”, originalmente destinados a controlar os impostos das profissões liberais e do trabalho ocasional, foram-se generalizando abusivamente a todo o tipo de empregos sem contrato, tornando-se um símbolo da precariedade. Por meio deles, e com a conivência das autoridades do trabalho, não só o patronato precariza a relação de trabalho, como os trabalhadores perdem as regalias e benefícios sociais que teriam como contratados.

Debate "A Precariedade: contornos, experiências e respostas"

O MayDay foi convidado para um debate que ocorreu ontem à tarde na FCSH.



O mote foi lançado por duas mulheres que conhecem a precariedade pessoalmente.

Por um lado, a Myriam Zaluar, jornalista e activista do MayDay Lisboa, partilhou a sua experiência de precariedade no jornalismo com uma plateia maioritariamente composta por estudantes de Ciências da Comunicação. De contratada a prazo a efectiva, de efectiva a recibos verdes (muitas vezes falsos), vive hoje em situação de instabilidade. Concluiu com a necessidade de construção de experiências colectivas - não só no jornalismo - que dêem resposta aos problemas criados pela precariedade no trabalho e criem alternativas.

Por outro lado, a Inês Fonseca, antropóloga e professora na FCSH, falou sobre a origem dos direitos laborais conquistados em 1974 e sobre o declínio desses direitos, das condições de trabalho e da organização dos trabalhadores. Partiu de um estudo de caso sobre trabalhadores rurais que migraram para a cintura industrial de Lisboa, para dizer que a precariedade tem várias formas e que é entendida de diferentes maneiras e, por isto, existe uma maior dificuldade de identificação individual com a precariedade.
Em frente, várias pessoas contribuiram para um debate rico que mostrou energia e vontade de mudança.

Festa Mayday Porto

na noite de 25 de Abril
a partir das 22h
no Maus Hábitos*


Aparece e diverte-te!!!


* Rua Passos Manuel, 178, 4º andar

quarta-feira, 22 de abril de 2009

MayDay pela Europa fora

A inconformação contra a precariedade está espalhada pelo mundo. Como a exploração não está só em Portugal, aqui fica uma imagem do MayDay de Liège.


terça-feira, 21 de abril de 2009

Precários Inflexíveis estiveram hoje na ACT

"Os Precários Inflexíveis estiveram hoje na Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). Depois da carta que enviámos há cerca de um mês, fomos esta manhã às instalações centrais da ACT, na Avenida Casal Ribeiro (em Lisboa), para insistir na urgência duma reunião com o Presidente Dr. Paulo Morgado de Carvalho."

aqui o resto do comunicado de imprensa.

Próxima Assembleia

É já amanhã!!!


:: 4ª feira, dia 22 de Abril, às 21 horas ::

:: Associação Solidariedade Imigrante ::

:: Rua da Madalena, 8 - 2º (ao Campo das Cebolas) ::

metro: Terreiro do Paço (linha azul)

O cartaz MayDay Lisboa 2009 já está na rua!!


O dia 1 de Maio está cada vez mais perto e os cartazes e panfletos do MayDay Lisboa estão a espalhar-se pela cidade.

Fica aqui também o apelo para espalhares o cartaz para os teus contactos e o divulgares no teu blog.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Debate sobre Precariedade

Começa hoje a Semana Cultural organizada pela Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH).
Até ao dia 30 de Abril é possível passar pela FCSH e ver a feira do livro, teatro, cinema, poesia, concertos e debates.

O MayDay Lisboa foi convidado para participar num debate sobre "A Precariedade: contornos, experiências e respostas".
Será no dia 22 de Abril (4ª feira) às 14h30, no auditório 2 - torre B da FCSH e contará com a participação da professora de antropologia Inês Fonseca e com a jornalista e activista do MayDay Lisboa Myriam Zaluar.

Aparece!

Também no Porto se debateu ontem o tema da precariedade.
"Nas Jornadas do MayDay Porto juntaram-se ontem, 19 de Abril, activistas galegos e portugueses numa tarde de reflexão e debate. Desde as transformações nos modelos de produção e de regulação social às alterações do novo Código de trabalho, desde a estética do movimento aos desafios do sindicalismo nos tempos de hoje, muitos foram os temas que estiveram em discussão.

O MayDay Porto volta a juntar-se no dia 25 de Abril. Para uma banca durante a tarde e uma Festa nos Maus Hábitos à noite, com muita música e muitas ideias para celebrar a luta."

Algumas imagens da Festa

Somos Muitos +
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Fotografias de Catarina Loura.

sábado, 18 de abril de 2009

A Festa MayDay


Ontem à noite, várias centenas de pessoas encontraram-se na Festa MayDay Lisboa 2009, no Ateneu Comercial de Lisboa. A dançar ao som de Pedro e Diana, Tucanas, DJ's Crew Hassan e das músicas que várias pessoas levaram até à mesa de som; a jogar o Twister precário e o bowling contra a precariedade; a construir materiais para a parada do 1º de Maio, entre copos e conversas, todas se juntaram de diversas formas contra a precariedade

Quem não passou por lá, ainda está a tempo de participar no Dia do Trabalhador, a partir das 12h no Largo Camões. E ainda está a tempo de contribuir para a preparação da parada (é só inscreverem-se em maydaylisboa@gmail.com).

E, enquanto isso, podem ouvir a notícia da TSF.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

"Somos Muitos +" :: FESTA MAYDAY LISBOA 2009

A caminho do 1º de Maio, continuamos a mobilização. “Somos muitos +”: a Festa MayDay Lisboa 2009 está a chegar, para juntar muita gente antes da parada no Dia do Trabalhador e da Trabalhadora.

Uma Festa para continuar este percurso de visibilidade e luta contra a precariedade. E para chegar a mais gente esta ideia: é possível enfrentar a precariedade e descobrir espaços de encontro que nos tornam mais fortes.

É por isso que pensámos um espaço de convívio em que os concertos, os filmes, a música, o espaço de construção de materiais para a parada, a presença do movimento associativo, as conversas e os copos são propostas para acrescentar vozes e ideias à parada de precários e precárias do 1º de Maio.

É já na próxima 6ª feira, no Ateneu Comercial de Lisboa, bem no centro da cidade, ao lado do Coliseu. À entrada, pedimos-te uma pequena contribuição: sim, porque não queremos ter patrocínios para esta montar esta Festa e construir o MayDay Lisboa 2009.

A exploração está na moda entre patrões e governos, somos cada vez mais aqueles e aquelas que vivem vidas permanentemente precárias. Somos muitos mais do que dizem as estatísticas. Somos mais do que números, somos pessoas. E lutamos para que as nossas vidas não sejam assim para sempre. Estamos a meio de um percurso que junta diversidade na recusa, com a força e energia de cada um de nós. Queremos ser muitos e muitas mais, para fazer uma grande parada no 1º de Maio!

Vem festejar a recusa da precariedade! Contamos contigo!

17 de Abril, 6ª feira :: a partir das 22h

Ateneu Comercial de Lisboa
Rua das Portas de Santo Antão, 110 (perto do Coliseu)
Metro: Restauradores - Mapa

:: CONCERTOS de As Tucanas e Pedro e Diana ::

:: DJ's Crew Hassan ::

:: JOGOS :: FILMES :: Music battle* :: Construção de materiais para o 1º de Maio :: BANCAS

O Precariado dá luta!

* traz o teu leitor de música portátil com as tuas músicas para também fazeres a festa! Na "Music battle" cada pessoa que queira pode escolher uma música com a ajuda do DJ e levar a festa ao rubro!!

sábado, 11 de abril de 2009

A festa Mayday na boca do mundo


Na quinta-feira, véspera de feriado, o Mayday saiu à rua para convidar todos e todas para a Festa Mayday: Somos muitos +

Fomos para o Chiado, Largo Camões e Bairro Alto com pancartas, instrumentos musicais e gritos contra a precariedade!

Todos quiseram saber do que se tratava! Muitos pediam panfletos, conversavam connosco acerca da sua situação laboral e davam força a esta luta que é de muitos mais.

Hoje às 22h30 na Brasileira juntamo-nos repetir o número no Bairro Alto e em Santos, e todos/as estão convidados a vir fazer o Mayday!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

OCDE: Precariedade atinge 60% dos trabalhadores



Precariedade atinge 60% dos trabalhadores
TV Net - Francisco Homem


Os números são da OCDE, que afirma que 1 800 milhões de pessoas em todo o mundo trabalham sem qualquer protecção social.

Não é um fenómeno recente, mas está a ganhar força com a crise que varre a economia global.

A precariedade laboral já atinge mais de 1800 milhões de pessoas - ou seja, 60% de toda a força de trabalho do globo.

Os números foram revelados num relatório da OCDE, que demonstra que as formas de trabalho informal estão a crescer e que podem mesmo atingir dois terços do mercado de trabalho global em 2020.

A situação é pior nos países em desenvolvimento, com o trabalho informal a representar três quartos de todo o trabalho na África subsariana e mais de dois terços no Sul e Sudeste da Ásia.

Mas também no Ocidente este é um fenómeno cada vez mais comum.

Em Portugal, por exemplo, a organização "MayDay" calcula em 900 mil o número de trabalhadores sem protecção social, direito ao subsídio de desemprego ou a protecção na doença.

Ou seja, cerca de 16% do total de população activa.

Mulheres, jovens e trabalhadores mais velhos são os principais afectados por esta consequência da desregulação laboral.

Para a OCDE são necessárias "medidas imediatas e não convencionais" para combater o problema, com particular destaque para o "aperfeiçoamento das ferramentas de desenvolvimento" e para a "promoção de reformas institucionais".

Até porque grande parte dos 1 400 milhões de pobres no mundo depende apenas da sua força de trabalho para sobreviver, o que torna a questão das garantias laborais, num ponto vital para um imenso mar de gente.

Entrevista aos Precári@s Inflexíveis na TVI24

terça-feira, 7 de abril de 2009

Assembleia MayDay! - 8 Abril - 21h - Solim

ASSEMBLEIA MAYDAY! LISBOA

8 de Abril - 4ª feira - 21:00h
Associação Solidariedade Imigrante

(Rua da Madalena, 8 - 2º - Lisboa Metro: Terreiro do Paço Carris: 7, 12, 28, 35, 40, 60, 745, 759, 781, 782, 790, 794, 12E, 18E, 25E, 28E, 206, 210 Mapa)

Mayday por todo o lado!


O Mayday Lisboa saiu à rua com panfletos! Estivemos em Centros Comerciais, Call-Centers, Empresas de Trabalho Temporário, estações de metro e no Bairro Alto. Ouvimos desabafos, histórias de tensões nas empresas, de expectativas frustradas, mas também relatos de lutas ganhas em locais de trabalho e palavras de incentivo!

Se quiseres vir distribuir e falar connosco só tens de enviar um email para: maydaylisboa@gmail.com


segunda-feira, 6 de abril de 2009

Coimas aos Recibos Verdes

Saíu hoje no Público uma notícia que dá conta da falta de devolução do pagamento de coimas aos detentores de recibos verdes. O Governo recuou nas multas depois de protestos de vários movimentos de precários, mas... não devolveu o dinheiro.



Passaram quase quatro meses desde que as Finanças garantiram que iriam devolver as coimas cobradas pela Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) a mais de oito mil contribuintes com recibos verdes pela falta de entrega de um anexo, mas, até ao passado dia 2, apenas cerca de 57 por cento destes contribuintes é que já foram ressarcidos, continuando mais de 3700 sem receber de volta as coimas que pagaram, confirmou ao PÚBLICO fonte oficial do Ministério das Finanças.

A história em torno dos contribuintes com recibos verdes desenrolou-se no final do ano passado. Em Dezembro, a DGCI exigiu a cerca de 200 mil contribuintes a recibos verdes que pagassem multas e custas processuais pela não-entrega, em 2006 e 2007, de uma declaração a que estavam obrigados. Por cada ano, o fisco aplicou uma coima de 100 euros a que acresciam 24 euros de custas processuais. No total, eram exigidos 248 euros. Como a entrega da declaração está prevista na lei, num primeiro momento, as Finanças reforçaram a posição da DGCI e esclareceram que a entrega da declaração está prevista na lei e, como tal, não havia qualquer necessidade de fazer qualquer aviso aos contribuintes. "Os contribuintes estão a ser notificados para, no prazo de 10 dias, efectuarem o pagamento antecipado da coima ou apresentarem defesa; se pagarem dentro do prazo de 10 dias após a consumação da notificação (...), os contribuintes beneficiam da redução da coima para um valor igual ao mínimo legal da coima (100 euros) e da redução a metade das custas processuais (24 euros); caso decidam apresentar defesa, esta será apreciada (...), e se esta for indeferida será aplicada a coima sem reduções", salientavam as Finanças.

Com a divulgação da notícia das notificações e os consequentes protestos, designadamente do movimento Ferve - Fartos/as d'Estes Recibos Verdes, as Finanças recuaram. E em comunicado de 15 de Dezembro, esclareceram que a DGCI já não iria exigir as coimas de 248 euros que estava a aplicar, adiantando que, para verem as multas perdoadas, os contribuintes teriam, até ao final de Janeiro, de entregar as declarações em falta, e, no caso em que as multas já tenham sido pagas, as mesmas seriam reembolsados.

Ora, dos duzentos mil contribuintes que foram notificados, apenas pouco mais de oito mil já tinham pago e, tal como havia sido esclarecido pelas Finanças, estas iriam ser devolvidas. Agora, fonte oficial daquele Ministério esclareceu ao PÚBLICO que "o número de contribuintes que pagou a coima foi de 8767. Até ontem [dia 2 de Abril] tinham sido restituídas cerca de 5000". Ou seja, houve devolução em cerca de 57 por cento dos casos, mas ainda há mais de 3700 contribuintes que não viram serem-lhe devolvidos os 248 euros.

A declaração que os contribuintes não entregaram tratava-se de um anexo da informação contabilística e fiscal cuja obrigação de entrega à DGCI existe desde o ano 2000, mas que, desde 2006, está integrado na Informação Empresarial Simplificada (IES). A criação das IES em 2007, com efeitos a partir de 2006, foi apresentada como uma medida de simplificação para as empresas que, até então, tinham de entregar documentação a quatro entidades públicas diferentes: o depósito das contas anuais e correspondente registo, junto das conservatórias do registo comercial; a declaração anual de informação contabilística e fiscal à DGCI; a informação anual de natureza contabilística ao INE; e a entrega de informação relativa a dados contabilísticos anuais para fins estatísticos ao Banco de Portugal.

Em 2007, estas obrigações desapareceram e apenas passou a ser necessário entregar a IES à DGCI e por via electrónica até ao final do mês de Junho de cada ano. Acontece que esta simplificação também veio permitir à administração fiscal cruzar a informação de quem passa recibos verdes e, segundo o Código do IVA, está obrigado a "entregar uma declaração de informação contabilística e fiscal"."

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Trabalhadores a recibos verdes poderão passar a pagar 70% do rendimento

Está a chegar um novo Código Contributivo. Porque é que isto é importante para os trabalhadores precários, particularmente aqueles que estão em regime de prestação de serviços - os recibos verdes?

O que acontecia até agora era a existência de 11 escalões de pagamento, sendo que a maioria dos trabalhadores a recibos verdes descontavam sobre o valor de 420€. Ora, é óbvio que a coisa se agrava para quem já se encontra numa situação laboral instável. O salário, assim, diminui consideravelmente e a situação destes trabalhadores irá deteriorar-se bastante.



É curioso que o Governo diga que quer combater a precariedade, quando na realidade ataca ainda mais os trabalhadores precários.

Esta medida foi recomendada pela Comissão do Livro Branco, que lançou as bases do novo Código do Trabalho... Não é surpresa nenhuma.
Mais informações poderão ser encontradas no site do PI e ainda esta notícia da TSF.

MayDay Porto: Debate, 6 Abril, 21:30h, Coop. Árvore

Dizem-nos que o trabalho mudou e que chegou o tempo da flexibilidade. Dizem-nos que a protecção social é um resquício de outro tempo, que o pleno emprego é uma miragem, que o direito ao trabalho é coisa do passado e que o trabalho é apenas mais uma mercadoria. Dizem-nos que não há alternativas e que a única solução é adaptarmo-nos ao novo mundo do trabalho sem direitos.
Em Portugal, como no mundo, o trabalho mudou. Mas de que falamos quando falamos das mutações no mundo do trabalho?
E o que significa exactamente a precariedade?
Como se repercute no mundo da vida?
Quem são os 2 milhões de pessoas em situação precária em Portugal?
Como pensar novas formas de protecção social para estes trabalhadores?
E a precariedade, tantas vezes apresentada como inevitabilidade, não é afinal um conjunto de novas formas de exploração no trabalho?
Que formas são essas?
E mediante estas transformações, como se fazem ouvir os direitos dos trabalhadores?
Como reagem os sindicatos e que novas formas de organização são possíveis?
Qual o papel da luta social e qual o papel do direito do trabalho nesta nova situação? O que se passou com o Código do Trabalho?
E que reivindicações e que combates se impõem hoje para o precariado?
Convidando especialistas e activistas, o MayDay Porto promove o debate sobre o trabalho e o emprego na era da precariedade.
Juntamo-nos no dia 6 de Abril para conhecer, para pensar em conjunto, para discutir e para transformar. O debate é aberto a todos e a todas.


Debate com:

Ana Maria Duarte _ Socióloga da Universidade do Minho, tem estudado a precariedade e a instabilidade dos modos de vida, tentando compreender o modo como a precariedade se repercute na vida dos trabalhadores.

António Casimiro Ferreira _ Professor da Universidade de Coimbra, especialista em direito do trabalho e sociologia do direito. Foi membro da Comissão do Livro Branco para as Relações Laborais, nomeada pelo Governo, tendo-se demitido, criticando a imposição do tema da flexigurança e apelando a “uma agenda laboral alternativa”.

João Pacheco _ Jornalista, é membro dos Precários-Inflexíveis e participa no May Day Lisboa. Recebeu em 2007 o prémio do Clube de Jornalistas Gazeta Revelação 2006, entregue pelo Presidente da República numa cerimóna pública. Dedicou o prémio a todos os jornalistas precários.

Sofia Cruz _ Socióloga da Universidade do Porto. Tem investigado o tema do trabalho e da precariedade, tendo realizado estudos sobre a realidade das trabalhadoras de caixa de supermercado e o fenómeno dos centros comerciais.


Segunda-feira :: 6 de Abril :: 21h30
Cooperativa Árvore :: Porto (Rua Azevedo de Albuquerque, nº 1, ao Passeio das Virtudes)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Somos muitos mais a protestar

Ontem a Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto foi ocupada por um grupo de estudantes. A notícia do Público relata que os estudantes protestavam "contra o aumento das propinas, a passagem da Universidade do Porto para fundação, o processo de Bolonha e o financiamento do ensino superior". Ainda no mesmo dia, após a ocupação, realizou-se uma Reunião Magna para se discutir as reinvidicações dos estudantes, e a Reitoria da Universidade do Porto acabou por anunciar um “fundo de apoio extraordinário para acorrer aos estudantes que se encontram em situação de fragilidade”.
Esta acção não aparece do nada e está ligada aos esforços económicos que os estudantes (ou familiares de estudantes) têm de fazer para continuar a estudar. Não são poucos os trabalhadores-estudantes, e muitos deles encontram-se a trabalhar em condições bastante precárias - escusado será dizer que pouco usufruem do estatuto de trabalhador-estudante. Por outro lado, as propinas têm vindo a aumentar bastante, estando actualmente quase nos 1000€. O ensino superior público deveria ser, pelo que diz a Constituição, livre e gratuíto. És precário no trabalho, és precário na escola.

Mais informações aqui: http://ocupacaobelasartes.blogspot.com/

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Ser grande

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Se descobriste que está a ser difícil realizares os teus desejos... vem manifestar-te.

Dia 1 de Maio, junta-te ao MayDay. Os precários vão encontrar-se no Largo Camões às 12h00 para um piquenique, a que se segue uma caminhada até à manif da CGTP.

Portugal em risco de Desemprego próximo de 10%

Fonte: Diário de Notícias, 31 Março 2009, Catarina Almeida Pereira

Com uma contracção de 4,3% nas economias dos 30 países da OCDE este ano, a taxa de desemprego pode chegar a 10% no final do próximo ano. E Portugal também não escapa.

"Há o risco de o desemprego em Portugal poder aumentar significativamente", declara ao DN Stefano Scarpetta, director do Departamento de Emprego da Organização da Cooperação para o Desenvolvimento Económico (OCDE), acrescentando que também aqui a taxa de desemprego se "pode aproximar" dos 10%. De uma forma global, o pico sentir-se-á no final de 2010, esclarece.

Sublinhando que a organização não tem novas previsões específicas para o País, Stefano Scarpetta refere, contudo, que "Portugal pode ser tão afectado como os outros países orientados para as exportações". Mas acrescenta que a reforma da legislação laboral pode ter um impacto positivo.

Contra um cenário de subida "maciça" do desemprego - 25 milhões de desempregados nos 30 países da OCDE entre 2007 e 2010 -, a organização recomenda a aposta nas prestações sociais e a extensão da duração do subsídio desemprego, nos países onde é mais limitado.

Nas previsões divulgadas em Novembro, a OCDE apontava para uma taxa de desemprego em Portugal de 8,5% este ano e de 8,8% no próximo. Projecções que, segundo esclareceu na altura a OCDE ao DN, implicavam a subida do número de desempregados para 498 mil pessoas em 2010.

As novas perspectivas de uma contracção de 4,3% no PIB dos países mais industrializados já este ano - contra a variação de menos 0,4% projectada em Novembro - foram ontem divulgadas pelo secretário-geral da OCDE, no encontro dos ministros do Trabalho do G8, em Roma. As projecções avançadas por Angel Gurría antecipam o Interim Report, que é hoje divulgado.

Neste contexto, diz agora a OCDE, a taxa de desemprego pode "aproximar-se" dos 10%, contra os 5,6% registados em 2007. "Isto implica que a crise pode levar a um acréscimo de 25 milhões de de-sempregados nos 30 países da OCDE, de longe o maior e mais rápido aumento no período pós-guerra", escreve a organização sediada em Paris.

"Os governos têm de tomar acções rápidas e decisivas para evitar que a crise financeira e económica se torne uma grave crise social com efeitos assustadores entre os trabalhadores mais vulneráveis e as famílias de baixo rendimento", insistiu ontem o secretário-geral da OCDE.

Formação, aumento da escolaridade obrigatória, descontos nas contribuições ou programas de criação de emprego no sector público estão entre as medidas recomendadas. A organização aconselha os estados a resistirem às "pressões políticas" para apostarem nas reformas antecipadas. "No passado, foram quase zero os beneficiários que voltaram à força de trabalho quando a economia recuperou", argumenta.

terça-feira, 31 de março de 2009

Encerramento de ETTs

As Empresas de Trabalho Temporário (ETTs) engordam e engordam com a precariedade! Neste negócio da exploração, as ETTs crescem como cogumelos.
O MayDay Lisboa 2009 foi encerrar alguns destes locais de escravidão laboral.



As ETTs roubam uma parte do salário, servindo de intermediárias a empresas que querem gente descartável. Com legislação própria, apoiadas pelo Governo e com a benção do Provedor Vitalino Canas, as ETTs podem contratar infinitas vezes a mesma pessoa!! Este trabalho temporário é na verdade quase sempre permanente e os contratos saltam de ETT em ETT, tornando eterna a situação de instabilidade e
sobre-exploração que nos precariza a vida!!

domingo, 29 de março de 2009

O MayDay Porto também continua a fazer-se ouvir!
Anunciamos também aqui o último filme lançado pelo MayDay Porto, que levanta a questão dos "falsos recibos verdes".

"Em Portugal, cerca de 900 mil pessoas trabalham a 'falsos' recibos verdes ou
seja, deveriam ter um contrato de trabalho, visto serem, na realidade,
trabalhadores/as por conta de outrem.

Em Portugal, cerca de 900 mil pessoas pagam
mensalmente, no mínimo, 160 euros à Segurança Social, mas não têm direito
protecção no desemprego ou na doença."



Também fica a sugestão de passares hoje, domingo, em Vila do Conde:


às 18h - debate "Quanto vale um precário?",
no Café Pátio, com Isabel Lhano, Susana Vassalo e Luís Silva.
às 22h - filme "Lifteria=Lberdade", de Tiago Afonso.


E se ainda quiseres saber mais sobre precariedade, já está disponível a Biblioteca do MayDay Porto. Visita-a.

quinta-feira, 26 de março de 2009

A fazer pontes sobre os muros na cabeça

O Mayday tem conseguido fazer as suas Assembleias graças à disponibilidade de diversas organizações que têm feito pontes de solidariedade connosco!




Esperamos continuar a quebrar, com outros, os muros da indiferença.