O MayDay foi convidado para um debate que ocorreu ontem à tarde na FCSH.
O mote foi lançado por duas mulheres que conhecem a precariedade pessoalmente.
Por um lado, a Myriam Zaluar, jornalista e activista do MayDay Lisboa, partilhou a sua experiência de precariedade no jornalismo com uma plateia maioritariamente composta por estudantes de Ciências da Comunicação. De contratada a prazo a efectiva, de efectiva a recibos verdes (muitas vezes falsos), vive hoje em situação de instabilidade. Concluiu com a necessidade de construção de experiências colectivas - não só no jornalismo - que dêem resposta aos problemas criados pela precariedade no trabalho e criem alternativas.
Por outro lado, a Inês Fonseca, antropóloga e professora na FCSH, falou sobre a origem dos direitos laborais conquistados em 1974 e sobre o declínio desses direitos, das condições de trabalho e da organização dos trabalhadores. Partiu de um estudo de caso sobre trabalhadores rurais que migraram para a cintura industrial de Lisboa, para dizer que a precariedade tem várias formas e que é entendida de diferentes maneiras e, por isto, existe uma maior dificuldade de identificação individual com a precariedade.
Em frente, várias pessoas contribuiram para um debate rico que mostrou energia e vontade de mudança.
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