Foi ontem divulgado um estudo de Casimiro Ferreira que demonstra que a precariedade em Portugal aumentou 52% em 10 anos, apenas considerando os trabalhadores e trabalhadoras por conta de outrem. Passando de 12,3%, em 1998, para 17,4%, em 2008, os vínculos precários afectam mais as mulheres e mais o Sul do país. São mais de 900 mil trabalhadores e trabalhadoras.
Os números são impressionantes, mas sabemos que a realidade é ainda bem pior: o estudo é baseado apenas nas estatísticas oficiais e não faz contas às pessoas a recibos verdes e outras situações precárias!
Este estudo comprova o que já ninguém pode negar: se a estas 900 mil pessoas, juntarmos mais um milhão de falsos recibos verdes, percebemos que o precariado é quase metade da força de trabalho neste país. E, infelizmente, temos boas razões para achar que vai continuar a crescer.
Lembramos ainda que um outro estudo, da responsabilidade de Eugénio Rosa, em 2007, apontava para que população activa em situação precária - com contratos de trabalho a prazo, a recibo verde ou desempregados - cresceu 14,6%, ou seja, três vezes mais do que o total, e representava 38% das pessoas em idade de trabalho.
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