O MayDay Lisboa 2009 ocupou ontem, 3ª feira, o Centro de Emprego da Av. 5 de Outubro, no centro de Lisboa.
"Aqui não há emprego!" é a afirmação de que os Centros de Emprego são hoje locais de perseguição aos desempregados e não servem para o que deviam.
"500 000? Somos muitos mais!". Porque as estatísticas, apesar de assustadoras, escondem uma realidade ainda pior. O desemprego não pára de crescer. E sabemos muito bem que anda de mãos dadas com a precariedade: é este o clima de chantagem que aumenta a exploração e nos leva os direitos
Toda a gente está convocada!
Próxima Assembleia :: hoje, 4ª feira, dia 11 de Março, às 21 horas :: Associação Solidariedade Imigrante :: Rua da Madalena, 8 - 2º (ao Campo das Cebolas)
metro: Terreiro do Paço (linha azul)
"Aqui não há emprego!" é a afirmação de que os Centros de Emprego são hoje locais de perseguição aos desempregados e não servem para o que deviam.
"500 000? Somos muitos mais!". Porque as estatísticas, apesar de assustadoras, escondem uma realidade ainda pior. O desemprego não pára de crescer. E sabemos muito bem que anda de mãos dadas com a precariedade: é este o clima de chantagem que aumenta a exploração e nos leva os direitos
Toda a gente está convocada!
Próxima Assembleia :: hoje, 4ª feira, dia 11 de Março, às 21 horas :: Associação Solidariedade Imigrante :: Rua da Madalena, 8 - 2º (ao Campo das Cebolas)
metro: Terreiro do Paço (linha azul)
São 500 000 as pessoas desempregadas neste país. Números oficiais que propositadamente escondem uma realidade bastante pior. Somos muitos e muitas mais, atrás das estatísticas. Nos últimos dois anos o actual governo PS, já na altura ciente dos efeitos da crise económica mundial que se aproximava, diminuiu o valor dos subsídios dos desempregados com menos anos de desconto. Paralelamente a esta medida, impôs um autêntico regime de vigilância sobre o desempregado, sujeitando-o a uma apresentação quinzenal perante o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Um conjunto de regras que resume bem a actual lógica governativa: um maior controlo social em troca de bastante menos.
Os desempregados são tratados como criminosos. Diminui o valor dos subsídios aos desempregados com menos anos de desconto. Diminui a proporção de desempregados com subsídio. E, como se não bastasse, impôs-se um autêntico regime de vigilância sobre o desempregado, sujeitando quem não tem emprego a uma apresentação quinzenal perante o Instituto de Emprego e Formação Profissional.
O desemprego é a chantagem para impor piores condições de trabalho para toda a gente. É esta a proposta apresentada às pessoas que mais sofrem com esta crise: ter pouco rendimento ou nenhum rendimento, ter péssimas condições laborais ou nenhumas condições laborais, viver mal ou mal viver. Recusamos responder a esta proposta não só porque são falsos os seus pressupostos (o contínuo aumento do número de trabalhadores precários nos últimos revelou-se incapaz de impedir o brutal aumento do desemprego), mas porque é tempo de nós fazermos as perguntas e de produzirmos as respostas.
Os desempregados não estão sós. A sua indignação e desejo de justiça são igualmente partilhados por muitas pessoas neste mundo: do “recibo-verde” ao trabalhador da empresa de trabalho temporário, do estagiário não remunerado ao pensionista, do imigrante ilegal ao endividado perante o banco. A precariedade não faz reféns, ataca os mais velhos e os mais novos, expropriando – em nome dos interesses de uma minoria – aquilo que as pessoas têm de mais rico: a sua capacidade de criar e produzir. O que não há para os trabalhadores, desempregados e reformados passou a haver para bancos e grandes empresas.
Transpor a indignação e o desejo de justiça para o plano social requer a participação de toda a gente. Não para servir uma qualquer empresa, mas para nos servir a nós mesmos. Conscientes de que a mudança das nossas vidas exige muito mais, recusamos a espera, a resignação e o queixume. Somos uma força comum que, cansada de carregar sobre os seus ombros o peso de todo um sistema económico que lhe usurpa as energias, quer produzir autonomamente, decidir livremente, viver dignamente. O futuro é agora.
Sabemos que o desemprego e a precariedade andam de mãos dadas. Por isso ocupámos hoje este Centro de Emprego, num protesto que nos parecia urgente. E por isso estaremos presentes no dia 1 de Maio, fazendo o MayDay e engrossando protesto contra a exploração e a chantagem.
vê o panfleto que distribuimos na acção:
Os desempregados são tratados como criminosos. Diminui o valor dos subsídios aos desempregados com menos anos de desconto. Diminui a proporção de desempregados com subsídio. E, como se não bastasse, impôs-se um autêntico regime de vigilância sobre o desempregado, sujeitando quem não tem emprego a uma apresentação quinzenal perante o Instituto de Emprego e Formação Profissional.
O desemprego é a chantagem para impor piores condições de trabalho para toda a gente. É esta a proposta apresentada às pessoas que mais sofrem com esta crise: ter pouco rendimento ou nenhum rendimento, ter péssimas condições laborais ou nenhumas condições laborais, viver mal ou mal viver. Recusamos responder a esta proposta não só porque são falsos os seus pressupostos (o contínuo aumento do número de trabalhadores precários nos últimos revelou-se incapaz de impedir o brutal aumento do desemprego), mas porque é tempo de nós fazermos as perguntas e de produzirmos as respostas.
Os desempregados não estão sós. A sua indignação e desejo de justiça são igualmente partilhados por muitas pessoas neste mundo: do “recibo-verde” ao trabalhador da empresa de trabalho temporário, do estagiário não remunerado ao pensionista, do imigrante ilegal ao endividado perante o banco. A precariedade não faz reféns, ataca os mais velhos e os mais novos, expropriando – em nome dos interesses de uma minoria – aquilo que as pessoas têm de mais rico: a sua capacidade de criar e produzir. O que não há para os trabalhadores, desempregados e reformados passou a haver para bancos e grandes empresas.
Transpor a indignação e o desejo de justiça para o plano social requer a participação de toda a gente. Não para servir uma qualquer empresa, mas para nos servir a nós mesmos. Conscientes de que a mudança das nossas vidas exige muito mais, recusamos a espera, a resignação e o queixume. Somos uma força comum que, cansada de carregar sobre os seus ombros o peso de todo um sistema económico que lhe usurpa as energias, quer produzir autonomamente, decidir livremente, viver dignamente. O futuro é agora.
Sabemos que o desemprego e a precariedade andam de mãos dadas. Por isso ocupámos hoje este Centro de Emprego, num protesto que nos parecia urgente. E por isso estaremos presentes no dia 1 de Maio, fazendo o MayDay e engrossando protesto contra a exploração e a chantagem.
vê o panfleto que distribuimos na acção:
1 comentários:
Muito bom pessoal!!!!
Vamos lá fazer um MayDay ainda maior este ano!
Rebelemo-nos!
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