Ontem estivémos no centro de Lisboa a mostrar como é difícil equilibrar e suportar todas as coisas que fazem parte da vida. Somos precários e precárias, mas não o queremos ser para sempre. Por isso fazemos o MayDay!!
Querem-nos precários, descartáveis e fáceis de despedir. Querem-nos torcidos, sujeitos às leis da flexibilidade.
Atacam-nos direitos e fazem chantagem. Dizem que temos de aceitar o inaceitável. Dizem que é da crise, que vem de fora. Dizem que contra ela, nada se pode fazer. Mas será a crise para todos?
Enquanto nos contorcemos para tentar equilibrar as nossas vidas precárias, outros aumentam lucros e cobrem as falcatruas com uma ajudinha do Estado.
Nós respondemos na luta diária. Por um emprego, um contrato justo, para poder pagar a renda de casa, a água, a luz, a saúde, a educação, o lazer e a cultura. Mas respondemos também uns com os outros. Para mudar colectivamente as vidas precárias, decidimos organizar, no dia 1 de Maio, o Mayday!
O Mayday! é um apelo geral contra a precariedade. Uma luta que junta trabalhadores de call-center e outras vítimas das empresas de trabalho temporário, estagiários a trabalhar por uma migalha, técnicos e artistas intermitentes do espectáculo, gente a recibos verdes, imigrantes a quem cortam duas vezes os direitos, todos os que têm míseros contratos a prazo e baixos salários, sindicalizados ou não, desempregados, todos a quem a promessa de futuro é viver sob a ameaça e a chantagem.
O Mayday! é um protesto que sai à rua no primeiro de Maio, mas é também um caminho de debate, contestação e festa. À chantagem da precariedade propomos a insubmissão dos precários.
Precários nos querem, rebeldes nos terão!
Até ao Mayday, há um caminho a fazer. E é p'ra já!
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